segunda-feira, 27 de junho de 2011

Semana 26

Bücher sind Bienen, die lebenzeugenden Blütenstaub von einem Geist zum anderen tragen. James Russell Lowell

Os livros são abelhas que levam o polén (à letra, pó das flores) de um espírito para o outro.

Às vezes tenho, mas hoje não!

O J. sempre me disse que o alemão é das melhores línguas do mundo, porque, para cada coisa, tem um nome.
Não concordo plenamente. Faltam-lhe um verbo e um nome fundamentais. Um verbo para distinguir ser de estar. Santa paciência... estes dois verbos são "utilérrimos".
E depois é uma porra quando se quer falar da amiga ou do amigo ou do namorado ou da namorada. Eu passava a dizer "a minha Freundin" e muita gente penasava que era lésbica. É que Freundin é amiga ou namorada. Depois se falo em Freund pensam que já tenho namorado... que aflição!!
Nos entrantos há umas palavras práticas como Fernweh, que pode ser qualquer coisa como "vontade de viajar", mas também pode ser bastante poético (e até filosófico e... tem-se saudades do desconhecido... Geil!!
Honestamente não sei qual a tradução desta música, porque ainda não me dei ao trabalho de ouvor a letra, mas... estava a dar na rádio e como é animada e eu preciso de ânimo... aqui fica mais uma do senhor de Göttingen.


Herbert Grönemeyer, Fernweh

sábado, 25 de junho de 2011

O que é o tempo??



Herbert Grönemeyer, Deine Zeit (o teu tempo, que por acaso, em alemão, é uma palavra feminina)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

É mais em cacos do que em porcelana...


Porcelain, Moby

Não sei mesmo...



Acho que não me importava que hoje, só hoje, me dissessem por onde ir...

Edel(weiss)

Normalmente, quando venho do trabalho, o autocarro vai-se esvaziando. Chega a a haver dias em que viajo completamente sozinha cerca de dez paragens. Ontem foi ao contrário, enchia cada vez mais. Depois é que raciocinei: Albani Fest (a grande festa da cidade). E só não raciocinei antes porque vinha triste, sem vontade para festas e a controlar-me para não desatar a chorar como um bebé.
É que por mais que nós passemos a vida a despedirmo-nos dos amigos, nunca nos habituamos a ver mais um a fazer as malas e a sair da nossa beira. Ontem, mais uma vez, despedi-me de uma pessoa. E, como sempre, e independentemente de ser um adeus em alemão, custou muito. Eu já sabia que a S. ia voltar para a Alemanha, mas...
















Esta foto foi tirada anteontem. Havia uma encomenda enorme de Edelweiss para um cliente, mas no fim só conseguimos trinta plantas para vender. Como estão a acabar, a qualidade vai-se perdendo, logo não vendemos mais do que isso, logo não usámos as etiquetas todas. Eu, parva nas horas todas, primeiro, dediquei-me a riscar parte da palavra, weiss: branco, para ficar só com a palavra edel (nobre), depois andei a colá-las no M. e na S. e nas coisas dela, principalmente na mala dela. Claro que tinha que ficar uma foto para a posteridade e para atestar a minha parvoíce...
Espero voltar a vê-la muito em breve, mas sei que vou sentir muuuuuuuuito a sua falta, quer no trabalho, quer na minha vida pessoal e social.

Desculpem a lemechice, mas... hoje fui trabalhar e custou-me muito ver o M. e não ver a S. (eram os dois chefes do grupo com o qual eu trabalho ao fim-de-semana)...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Or not... again...


Enya, Now we are free

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Semana 25

Es kommt nicht darauf an, dass du viele, sondern nur, dass du gute Bücher hast. Seneca, o Jovem

Também preciso de ajuda para esta... não consigo encaixar as coisas com lógica!! :s

Odeio malandros

E para cúmulo andam sete na estufa!!!!!!!!!!!! A maior parte são estagiários. Meus amigos... que incoooooooooompeeeeeeetêêêêêêêêêênciiiiiiaaaaaa...
Quando eu penso no meu primeiro ano... não conhecia ninguém, não percebia ponta de jardinagem e o meu conhecimento de alemão quase que tocava no zero... A minha chefe confessou-me há tempos que me quis mandar embora no meu primeiro ano. Sabes... trabalhavas bem, mas o teu alemão... era miserável!!!! Não conseguíamos comunicar contigo lá muito bem... Esse foi sempre o meu problema. De resto e apesar de tudo isso... sempre tarbalhei bem! Suo a estopinhas todos os dias. Mereço cada cêntimo que ganho!!
Mas... os exemplares que lá andam... atrasaram o trabalho e, por isso, os bons tiveram que correr a dobrar. E a pressa... além de ser inimiga da perfeição, também pode provocar acidentes. Foi o caso!! Entalei a mão entre um contentor e um pilar metálico com uma esquina nada redonda!!!
Não espero que trabalhem todos com o mesmo ritmo que eu, mas... também não quero que atrasem tudo de tal maneira que com a correria se provoquem acidentes constantemente!!

Desculpem lá o desabafo, mas estou mesmo chateada (para não dizer nada mais forte)!! Vou tomar um duche relaxante e vou dormir!!



Alexandra Stan, Mr Saxobeat

domingo, 19 de junho de 2011

A menina dança?



Ontem, depois do trabalho fui até Zurique beber um copo com a S.. Ao passarmos na estação central, ouvi música de danças de salão e chamei-a para irmos ver o pessoal a dançar. Afinal era só o afinar das coisas para à 20h começar mais um Sommernachttsball (Baile de noite de Verão). Andámos às voltas pela cidade para fazer tempo. Acho que valeu a pena ter esperado!


Com o patrocínio de, por exemplo, uma cadeia de supermercados, que também tem associada uma escola de dança, eles montam a "tenda" no átrio da estação central de comboios de Zurique.


Tem direito a candelabros, orquestra, mesas enfeitadas com pétalas de rosa e velas.

As senhoras vão com os vestidos de gala, os senhores de fato e laço. Claro que nem todos, cheguei a ver gente a dançar de sapatilhas e calças de ganga, mas esses eram a excepção e não a regra!



Novos e velhos esvoaçavam ao som das valsas e se, por acaso, havia alguém sem par, lá andavam os senhores do colete vermelho que eram pagos para serem par de quem aparecesse para um pezinho de dança.

Tudo isto à vista de qume passava para apanhar os comboios e... gratuito. Achei simplesmente delicioso!




sexta-feira, 17 de junho de 2011

Paz à sua alma, mas não exagerem!!

O senhor morreu há um ano e para assinalar o facto... arranca-se um árvore!
Vai sair do seu meio para se ir enfiar noutro sítio qualquer. Só porque o senhor ia passar férias perto daquelas árvores (ou seja, não o viram crescer coisa nenhuma)...

Eu li um artigo que dizia que a zona está a ficar sem oliveiras, que foram vendidas, arrancadas ou lá o que seja... depois é uma árvore secular.... que eu saiba, os transplantes de plantas não são feitos agora. Mas sem contar com isso... tudo o resto... ridículo!!

Se é secular, porque a tiram do sítio???
Se estão a desparecer, porque a tiram do sítio?
Se vocês soubessem como as árvores aqui são tratadas... incluindo as oliveiras (que nestas bandas são compradas)!

E depois... vão-me dizer que as pessoas vão passar horas sentadas debaixo de uma oliveira a ler o livros do Saramago?!?! Gostava de saber quem é que lê em Portugal. Gostava de saber quem é que lê debaixo de uma oliveira (realmente é uma árvore que dá uma sombra apetitosa, convidativa, das melhores ou então não!)

E outra coisa que eu gostava de saber??? Quem é que vai fazer a manutenção (ou seja: podar a oliveira, apanhar a azeitona, pintar o banco, se for o caso disso, etc. e tal) desse lugar edílico que vai ser o Campo das Cebolas?!?

É que pelas amostras de outras homenagens a outros autores... vou ali e já venho... e se não se lembrarem de fazer com o banco o que fizeram aos porcos da Pig Parade de Évora ou à rotativa do jornal Cardeal Saraiva... até que já nem estamos muito mal!!

Quanto a mim, vou dormir, que (v)ler notícias tira-me o sono e como eu trabalho amanhã em horário especial (menos uma hora de sono!!) não me apetece andar às voltas na cama a tentar compreender o que não tem explicação!!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Semana 24

Bücher sind die Lehrmeister ohne Stock und Rute, ohne Schreien und Zorn. Karl Julius Weber

Os livros são o professor, sem bastão nem castigo, sem gritos nem cólera.

domingo, 12 de junho de 2011

Tradutor, traditore


Sehnsucht, Rammstein

Essa treta da saudade ser só portuguesa tem que acabar. A palavra Sehnsucht normalmente aparece traduzida como nostalgia. Mas aqui é da saudade, a tal que é portuguesa, que se fala... eles são alemães e as influências musicais... não é que eu entenda muito da coisa, mas não têm nada a ver com fado(s)...

Sehnsucht versteckt
sich wie ein Insekt
im Schlafe merkst du nicht
dass es dich sticht
glücklich werd ich nirgendwo
der Finger rutscht nach Mexiko
doch er versinkt im Ozean
Sehnsucht ist so grausam

A saudade esconde-
-se como um insecto
durante o sono não notas
que ele te pica
nunca serei feliz em lado algum
o dedo escorrega até ao México
mas afunda-se no oceano
A saudade é tão cruel

Claro que podem falar da Saudade e mais não sei o quê, mas... na realidade, saudade ou Saudade, há mais culturas a terem e a viverem e a mostrarem. Simplesmente perde-se na tradução... Experimentem traduzir para francês, italiano, inglês ou alemão o seguinte diálogo:
- Estás linda!
- Eu não estou linda, eu sou linda!

Vou dormir!

Agora, Paris e Londres são em Lisboa

Não, não estou a falar daquela zona de Lisboa junto à Igreja de São João de Deus e o cinema dos bancos porreiros.

Para a semana tenho que ir à embaixada portuguesa tratar de uma coisa e resolvi dar uma vista de olhos ao mundo cibernético para encontrar o autocarro certo. Apareceu-me uma página fantástica sobre Berna onde aparecem discriminadas todas as embaixadas existentes na cidade. Lá estão os contactos telefónicos, as indicações para se chegar a pé, de comboio e/ou de bus e ainda os horários. Deu-me na telha para ver se existia um site semelhante em Portugal. (Nem comento as minhas pancadas, mas é que a coisa é mesmo prática!!). Fiquei satisfeita por saber que o governo português também tem assim uma página.

Mas... não há bela sem senão!! Um muito simples (ou então não) é o facto de não ter indicações de transportes, nem um link para um mapa qualquer. Mas há mais... qual não é o meu espanto quando vejo que na lista com o título Embaixadas em Portugal encontramos embaixadas de países como o Afeganistão, a Albânia, a Antígua e Barbuda, a Arménia, o Bangladesh, os Barbados, o Benin... isto só para falar da letra A e parte da B.
Pois bem agora em Lisboa estão também, e respectivamente: Paris, Paris, Londres, Roma, Paris, Bruxelas e mais uma vez Paris.
Eu sei que não há embaixadas de todos os países em todos os países. Por vezes temos que tratar das coisas na embaixada mais próxima que é a 2000km de distância. Então, para evitar isso, os países arranjam pequenas delegações, sem embaixador, para serem representados em outras partes do mundo (o caso de Timor na Suíça, não tem embaixada, mas tem uma delegação as Nações Unidas em Genebra). Mas também sei que o governo português devia ter um pouco mais de brio e criar duas listas: as das embaixadas em Portugal (que poderia ser aaumentada com as tais delegações, se elas existirem) e as das que só existem noutros países. Aí, sim!, estaria a informar os seus cidadãos de forma correcta e nada confusa.
Mas esta pequenina coisa é mais uma prova de como esta gente não se esforça por manter o curral arrumado. Só querem poleiro e esquecem-se que os que estão mais acima é que devem dar o exemplo aos outros.
Vou dormir!

sábado, 11 de junho de 2011

Tipicamente suíço

Camelos, capoeira, missangas, batuques, trancinhas, incensos, capulanas, didgeredoo... tudo isto é suíço no fim-de-semana de Pentecostes, aqui mesmo onde vivo... É o Afro Pfingsten que invade a cidade.

Confesso que as culturas e países subsaharianos nunca me cativaram. Não sei porquê, mas sempre me senti atarída pelo Pequeno Magrebe. Gostos!! No entanto, sempre respeitei as outras culturas e não vejo porque não hei-de, de vez em quando, entrar em maior contacto com toda a África.

O Afro Pfingsten (Pentecostes Africano) é um festival que ocorre durante uns dias, no fim-de-semana do Pentecostes. Na baixa da cidade, montam-se tendas onde se vende artesanato, comida, música, roupa, produtos de beleza, acessórios, feitos por africanos, e não só, a viver na Suíça, e não só.

A mistura do cheiro intenso das comidas com o dos incensos (e algumas ganzas) é coisa que não me agrada -já me basta os meus vizinhos da Eritreia cozinharem assim todos os dias (incenso incluído) e o meu vizinho da frente (suíço) ter uma plantação de marijuana (que a minha mãe chama carinhosamente de tomates) na varanda!! Mas mesmo não gostando do cheiro, é giro ver a cor, o movimento, a cultura. E é mesmo muito interessante ver os suíços (os tais que muitas vezes são considerados frios e racistas) a quererem experimentar a comida, a colocarem apliques no cabelo, a (tentar) dançar com a ginga que só os filhos de África têm!

Este ano havia um grupo de capoeira a actuar. A minha mãe viu, por acidente, dois camelos a circular na rua. Eu comi um mix de frutas delicioso (não era salada de frutas, era um mix, é diferente, não sei explicar e o ananás era mesmo docinho!!). Comprei um anel para o dedo do pé e uns brincos que nunca irei usar, mas... são muita cool as minhas caricas de Fanta limão árabes, não são?!? :D:D








sexta-feira, 10 de junho de 2011

Na minha terra, isso chama-se hipocrisia

O mundo dá muitas voltas.!! Eu nunca imaginei que o meu trabalho seria a embadalhocar-me toda com terra e, ainda por cima, ficar feliz com isso. Eu sempre fui alérgica a ir para as terras com a minha mãe. Logo aprendi a manha do tenho que estudar. Até que a minha mãe topou e eu acabei por ter que ir, quisesse ou não, para a ajudar nas milhentas coisas que há para fazer no campo.

No entanto, e apesar dessa alergia, sempre respeitei os agricultores. Os meu avós (os quatro) viveram do campo, o meu avô materno andou no Alentejo a espantar pássaros quando era um garotinho e conseguiu comprar a casa onde vivi a minha infância com os 57 escudos que juntou em terras tão longínquas (não esquecer que sou de Viseu!) para onde migrou sasonalmente durante uns anos.

Depois que comecei a gostar de aparecer toda porca em casa, isto é, depois que comecei a trabalhar nas flores, ainda dei mais valor aos agricultores. Não é a mesma coisa! Eu sei, eu sei... ninguém come orquídeas ou petúnias. E apesar das sementes de girassol e algumas prímulas serem comestíveis... o objectivo da minha firma não é alimentar ninguém, é dar cor à vida das pessoas. Mas... se houvesse censos agora, eu diria que trabalho na agricultura, porque assim é...

E dou mais valor porque sei o que é levantarmo-nos bem cedo e chegar a casa bem depois de o Sol se pôr. Sei o que é torrar ao Sol, engelhar com a chuva e enregelar com graus negativos, mas ter que continuar... porque o cliente não espera, mas também porque a planta tem que ser tratada daquela maneira, naquele momento ou acaba por perder qualidade, se não morrer mesmo. Mais!... eu não tenho que o fazer, pois sou uma simples auxiliar, mas os meus colegas que são jardineiros de profissão têm um plano que os revesa para irem regar as plantas ao Domingo (o esquema é mesmo uma porra, não se trabalha o dia todo, mas não dá para fazer mesmo mais nada durante o dia porque fica cortado aos bocados!!).

Por saber mais ou menos onde é que á coisa dói é que considero que o povo português (com as necessárias excepções) é uma merda! (eu sei que o O'Neill já disse algo muito semelhante, mas não é plágio, porque o sentimento de revolta não se plagia). Merda porque não faz uma porra para mudar a vida. Tudo está caro e impossível de sustentar, mas compram o que vem de fora em vez de investirem no que é nosso... esquecendo que se investirem em casa, o dinheiro fica em casa e, mais cedo ou mais tarde, dá retorno!!

Não compram tomate, nem pepino de produção nacional porque... sei lá o quê... ou então porque há um bactéria por aí à solta. Uuuuiiii! Que medoooo!!

Mas... seus hipócritas!!!!! Quando são dados... a qualidade já é a melhor do mundo, já cá não há E-Coli que assuste?!?!? São uns merdas, uns merdas, uns merdas!

Ou seja, anda o produtor de pepino, tomate, ou raio!, um ano inteiro a lutar contra as pragas, a pedir ao São Pedro que lhes dê um Inverno leve, que não lhes destrua as estufas, a enfrentar concorrência desleal (nos preços e na qualidade) dos produtos estrangeiros, a pedir a São Bento que não lhe coma tudo com impostos, a pedir a Hipócrates, ao Fleming, ao Pasteur e a todas as outras alminhas para que não surjam coisas como surtos de doenças transmitidas por bacilos... e vem o Zé Merdinhas... ajudar a deitar mais abaixo.

Não entendo a diferença entre um tomate de produção nacional comprado e um tomate de produção nacional oferecido. Será que a bactéria está na caixa registadora e... quando se abre... salta para os tomates e os pepinos?!?!

Hipócritas!! Merdosos!! Não compram porque têm medo, fazem com que os agricultores vos venham pedir de joelhos que, por favor!!!!, comprem o que tem qualidade... Que ódio eu tenho!!!...

A minha mãe passa a vida a dizer que não se deve desejar mal a ninguém, mas... eu cá acho que, daqui a um mês, todos os que receberam a oferta dos agricultores portugueses deviam ter um dor de barriga que durasse uma semana... Daqui um mês porque assim já não seriam pobres e mal-agradecidos a culpar a oferta que é produto do suor de muito madrugador!!!

E agora vou tratar das minhas pernas que estão inflamadas com uma bela alergia aos girassóis!! :s

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Olhem o que eu encontrei...

Andava a tentar descobrir o nome do lírio do brejo e dou de caras com este site... tem lá um listão de plantas que é mesmo um listão... cool!! ;D

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Não estou, não...


Coming home, Diddy ft. Skylar Grey

Os 4 B

Sempre gostei de baloiços, balões e borboletas. Os meus três B. Eles voam, silenciosos, leves, até não poder mais.

















Hoje descobri que afinal tenho mais um B para juntar à colecção. B de Boissonnard. Comprei um postal (o do fundo) dos muitos que namoro há muuuuito tempo.



















Acho que são pequenas obras de arte que me dão a sensação de liberdade, de leveza... dos balões, das borboletas e dos baloiços, ainda que estes, na realidade, nunca me levem a lado nenhum...
















Lindo, não?

terça-feira, 7 de junho de 2011

O caminho

Herbert Grönemeyer escreveu esta música a pensar na sua mulher, que morreu de cancro. Ouvi-a já umas quantas vezes nas aulas de alemão e não me aborreço. É linda!!


Der Weg (O Caminho), Herbert Grönemeyer

(Tradução em inglês no youtube, na parte da descrição, por baixo da letra em alemão.)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Morar fora, ou sinto-me triste

Nao é apenas aprender uma nova língua.
Não é apenas caminhar por ruas diferentes ou conhecer pessoas e culturas diversificadas.
Não é apenas o valor do dinheiro que muda.
Não é apenas trabalhar em algo que você nunca faria no seu país.
Não é apenas conquistar um diploma ou fazer um curso diferente.
Morar fora não é só fazer amigos novos e colecionar fotos diferentes.
Não é só ter horários malucos e ver sua rotina se transformar.
Não é só aprender a se virar, lavar, passar, cozinhar.
Não é só comer comidas diferentes, pagar suas contas e se preocupar com o aluguel.
Não é só não ter que dar satisfações e ser dona do seu nariz.
Não é só amar o novo, as mudanças e também sentir saudades de pessoas queridas e algumas coisas do seu país.
Não é apenas já saber que é alguém do Brasil ligando quando toca seu celular e aparece numero privado.
Não é só a distância.
Não são apenas as novidades.
Não é só uma nova vista ao abrir a janela.
Morar fora é se conhecer muito mais…
É amadurecer e ver um mundo de possibilidades a sua frente.
É ver que é possível sim, fazer tudo aquilo que você sempre sonhou e que parecia tão surreal.
É perceber que o mundo está na sua cara e você pode sim, conhecê-lo inteiro.
É ver seus objetivos mudarem.
É mudar de idéia.
É colocar em prática.
É ver sua mente se abrir muito mais, em todos os momentos.
É se ver aberto para a vida.
É não ter medo de arriscar.
É aceitar desafios constantes.
É se sentir na Terra do Nunca

É querer voltar e não conseguir se imaginar no mesmo lugar.
Morar em outro pais é se surpreender com você mesmo.
É se descobrir e notar que na verdade, você não conhecia a fundo algo que sempre achou que conhecia muito bem: Você mesmo!!!

(Achei isto na net, não citava autor. Fiz copy/paste. Estou demasiado deprê para ajustar o texto ao meu português e À minha realidade!)

Semana 23

Kein gutes Buch oder irgendetwas Gutes zeigt seine gute Seite zuerst. Thomas Carlyle

Nenhum bom livro, ou outra coisa qualquer boa, mostra a sua boa página primeiro.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Pensamento triste que se pode dançar

Segundo Discépolo.


Astor Piazzolla, Libertango

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Snobismo puro

Tenho uma colega no curso de alemão que pode ser corrida a pontapé da Suíça a qualquer momento. A história dela é tão complicada e tão inacreditável que só pode ser verdadeira. Ela perdeu a nacionalidade suíça e, se não arranjar trabalho rapidamente, é recambiada para o país de origem. Eu tinha alguma pena dela, mas a semana passada perdi toda a pena e também o respeito que tinha por ela.
Comentei com ela que tinha ido ao aeroporto devolver as chaves, o crachá e o uniforme. Perguntou-me o que eu fazia por lá e, quando lhe disse que trabalhei nas limpezas mais de um ano, fez uma cara de desperezo que me deu uma raiva tão grande, mas tão grande...
Ela também trabalhou no aeroporto, mas as semelhanças param por aqui.
Ela trabalhou nos escritórios de uma companhia aérea. Eu trabalhei numa das equipas de limpeza. Mas a maior diferença vai além do uniforme e do mau cheiro das casas-de-banho. A diferença que deve ser assinalada é: eu despedi-me porque quis e ontem recebi o meu Zeugnis (uma espécie de carta de recomendação misturada com relatório de trabalho) onde dizem que estavam muito satisfeitos com o meu trabalho, que me aceitam de volta a aqualquer momento e que me desejam tudo de bom no meu futuro. Ela, ela foi despedida.

Afinal... quem é que tem direito a fazer cara de desprezo?!?

Arrogância pura

Hoje, no intervalo da aula de alemão, ouvi uma estúpida de uma colega a falar sobre o seu futuro laboral. Deve estar casada com um suíço rico (casada ela é, só não tenho a certeza com quem) e deve pensar que a vida é fácil para toda a gente e que a Vitamin B (factor C, em alemão) funciona para sempre.
Estavam umas colegas a dizer-lhe que estudasse um pouco mais para fazer equivalências do curso dela para cá... e sua excelência diz na maior das latas: EU já tenho um curso. EU não quero estudar mais. EU quero trabalhar no que me dá prazer. EU sei o que quero fazer. EU sei que só temos que conhecer as pessoas certas.
Sim, aqui também funciona a cunha, mas não com o poder como, por exemplo, em Portugal. Além disso, se funciona a cunha para uns, funciona para outros. Se aparecer alguém com um padrinho e com mais estudos, sera que ela não salta fora?!? Claro que sim. Mas ela é boa demais. Ela disse: EU quero viver. Disse isto com um ar de superioridade que me deu vontade de lhe partir a cara. Ofendeu todas as que estavam a falar com ela. POis todas tentam equilibrar o tempo da escola, com o trabalho e viver (e viver não é ir duas para a Itália em tempo de aulas, como ela fez).

Egoísmo puro

Há dias, uma colega brasileira que trabalha num supermercado, perguntou-me se havia trabalho de limpezas no aeroporto. Ela não sabia que eu me tinha demitido e estava à procura de trabalho para um mulher da Argentina que estás prestes a ser recambiada se não encontrar trabalho. No dia seguinte vi num jornal dois anúncios de limpezas, um era para o aeroporto e outro, em alemão e espanhol, pedia mulheres para limpar casas particulares. Eu, com pena da mulher, levei o jornal à minha colega e desejei-lhe sorte.
Ontem fui às compras e encontrei a minha colega que acabou por me contar uma história engraçada. Entreguei-lhe o jornal, mas pedi-lho de volta porque estava interessada em ver o anúncio para limpar casas. Não é que até hoje não me disse nada?!?!?
Anda aqui uma pessoa com pena desta gente e, quando estão satisfeitos... mandam-nos às urtigas. Eu não conheço a mulher e, graças aos santinhos todos, não preciso de trabalho para já, mas... se fosse comigo... nem sei o que fazia!!