domingo, 17 de junho de 2012

Heróis?!? É que nem a seguir ao Calimero...

Há muitos pais que não querem saber se os filhos falam português ou não. Outros que até nem os deixam ir à escola portuguesa. Depois ouvem-se comentários de professores suíços como: os meus piores alunos são sempre os portugueses e, mesmo sem eu saber falar português, posso apostar em como eles são péssimos na língua materna.

Coisas lindas de se ouvir, não? Mas, por vezes... as razões são outras. E ainda são mais liiiindas de se ouvir...
Ontem descobri que uma das minhas clientes é filha de uma portuguesa (devia ter desconfiado, espevitada como ela é!!!!). Meti-me com ela e percebi que a miúda, de 11 anos, não sabe falar português. Eu considero que, mesmo sem escola, ela poderia falar algum português, mas pronto... a mãe está cá há 20 anos. Pode ter vindo muito nova e ter perdido o seu conhecimento da língua!!

Puxei por ela, mas não sai nada. Então, em alemão, ela lá me explicou que entende tudo (honestamente tenho algumas dúvidas), mas que não consegue falar, nem ler, nem escrever. E ainda contou que chegou a andar na escola portuguesa, mas que a mãe a tirou de lá. Agora espantem-se com o que vão ler, citando a miúda: Eu saí da escola porque a professora chegava muitas vezes atrasada. E às vezes aparecia bêbeda.

Ora bem... por vezes são só os pais, outras só os filhos e em certos momentos são ambos os lados os culpados de um mau português. Mas aqui... mesmo que a mãe lhe pudesse dar mais apoio... nunca iria ser capaz de substituir uma professora...

Expliquem-me... há um banco que tem uma publicidade a um produto que serve para investimento em nós, fazendo alusão ao europeu. Anda aí gente a queixar-se que está falida, mas param de trabalhar para ver a bola.
E depois há o outro lado da moeda... aqueles que querem trabalhar e, por falta de orçamento do governo!!!!, ficam no desemprego, independentemente de haver alunos sem professor, independentemente de o professor ter feito um investimento absurdo para se candidatar a professor fora do seu país (sem falar no curso!). E cereja em cima do bolo... os que se apresentam para trabalhar... vão com os copos...

Que ninguém me diga que ganhar o Europeu faz bem à moral dos portugueses. Pois de moralidades... os tugas não percebem ponta de um corno!!! Espero que a Holanda lhes dê cinco secos. Eu sei que os 11 em campo não têm culpa (mais os restantes elementos da equipa), pois o trabalho deles é mesmo correr atrás da bola para depois a chutarem quando a apanham... A culpa é dos outros elementos da equipa técnica que se apresentam em quase todos os sofás das salas de estar portuguesas... que têm sempre uma táctica infalível para tudo, menos para o que realemnet interessa.

E antes que me venham com coisas sobre a miúda ter nascido cá e não ser portuguesa de gema e de eu poder estar a puxar a brasa para minha sardinha... digo umas coisas simples: eu paguei os meus estudos em Portugal com o dinheiro dos meus pais ganho na Suíça; os grandes gostam de mandar os portugueses emigrar, mas esperam sempre as remessas de dinheiro que os portugueses fazem (faziam, que esta nova geração de emigrantes está a abrir a pestana!!); gostam de inventar propostas de  impostos extra sobre os bens de emigrantes que vivem em países como Andorra, o Lichtenstein ou o Dubai, só porque lá não há impostos... até parece que se chega países como estes, se abana as árvores e o dinheiro cai de lá (eu já estive na Andorra e não é assim, nunca estive no Lichtenstein, mas pela proximidade geográfica também sei que não é assim, deduzo que no Dubai o que possa cair de uma árvore de lá sejam tâmaras).

Então como é que é?!? É só de venha a nós?!?! Nada a vosso reino?!?

Para mim, a coisa é: Deutschland olé olé!!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Eu gosto quando me entendem

Este senhor não me conhece, mas deve conhecer alguém parecido comigo... Embora eu não reclame o postal, se souber à partida que é um serial-killer. :D

Tratam-nos mal, mas querem que as tratemos bem. Apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se de que nem um postalinho. Escrevem que se desunham. Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que tenhamos graça a pregá-las. Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores. São superiores. Não têm o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos. Perdoam facilmente, mas nunca esquecem. Bebem cicuta ao pequeno-almoço e destilam mel ao jantar. Têm uma capacidade de entrega que até dói. São óptimas mães até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte. Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende. Têm dias. Têm noites. Conseguem ser tão calculistas e maldosas como qualquer homem, só que com muito mais nível. Inventaram o telemóvel ao volante. São corajosas e quando se lhes mete uma coisa na cabeça levam tudo à frente. Fazem-se de parvas porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas. Fazem-se de inocentes e (milagre!) por esse acto de vontade tornam-semesmo inocentes. Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem. Riem quando estão tristes, choram quando estão felizes. Não compreendem nada. Compreendem tudo. Sabem que o corpo é passageiro. Sabem que na viagem há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor. Não são de confiança, mas até a mais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens. São tramadas. Comem-nos as papas na cabeça,mas depois levam-nos a colher à boca. A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos – elas quando jogam é para ganhar. E é tudo. Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande mas, para nossa sorte, contentam-se com pouco."

Rui Zink, in O Metro, através da Ângela que agora tem um blog que não nos deixa comentar... :(

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Strauss

Hoje é porque a minha mãe faz anos...



Tem a sua piada procurar os significados de Strauss... No singular, o avestruz não se distingue de ramo. No plural, Sträusse são ramos e Strausse são avestruzes. E ainda dizem que é uma língua simples!!!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Uma das minhas raposas tem olhos azuis


 «Cativar» quer dizer o quê? – perguntou o principezinho.
– É a única coisa que toda a gente se esqueceu – disse a raposa. - Quer dizer criar laços…

– «Criar Laços»?
- Sim, laços – disse a raposa. - Ora vê: por enquanto, tu não és para mim senão um rapazinho perfeitamente igual a cem mil outros rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, eu não sou para ti senão uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativares, passamos a precisar um do outro. Só compreendemos o que cativamos. Se queres um amigo, cativa-me…
- E tenho de fazer o quê? - perguntou o principezinho.
- Tens de ter muita paciência – respondeu a raposa.
- Primeiro, sentas-te longe de mim…assim…na relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não me dizes nada. As palavras são uma fonte de mal-entendidos. Mas podes sentar-te cada dia um bocadinho mais perto... [...]

Tem funcionado deste modo com algumas pessoas que conheci.

E é tão bom olhar para a nossa raposa, ao fim de algum tempo sem ter contacto com ela, e ver-lhe um sorriso profundo e sentido nos lábios. Uma luz que se acende no rosto dela. Mas, ao mesmo tempo, como se ainda há pouco nos tivéssemos encontrado. E depois receber um abraço que nos faz fechar os olhos e esquecer o mundo.

Definitivamente... o essencial é invisível aos olhos.

Baschi, Freunde

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Quem fala assim...

Eu saí com uma palavra de amargura. Uma não, muitas...
Devo estar deveras deprimida, pois este discurso deixou-me os olhos molhados!!!

Os últimos cliques...

Neste suporte podem ver-se vários tipo de casas, para diferentes tipos de animais. Para pardais, para andorinhas, para abelhas. Mas eu escolhi este lado, porque, mesmo no meio, temos uma casa para morcegos. O que esta gente inventa... eu não me pus a ler todos os catazes que estavam por baixo das casas, pois num deles dizia que podia haver bichos dentro das casinhas e eu tive medo que viesse uma abelha louca e me mordesse... No entanto, pude perceber que casa casa é feita em função do tipo de bicho e, apesar de serem todas em cimento, cada uma tem revestimentos e/ou suportes intriores, cores e formas para agradarem a cada inquilino como se fosse o único no mundo animal. :D

No lago havia uma ilha, na ilha havia um lago... é mesmo isso que vemos nas próximas duas fotos. 





 Um pequeno recando de uma parte destinada às flores orientais.


E quem não gosta de uma latada de rosas?!?


Depois de ser verem estas fotos, alguém me pode recriminar por ter ido jantar à Alemanha em dia de jogo contra eles??

animais diferentes e árvores persistentes

É preciso paciência, e arte!, para fazer uma coisa assim, não? É que não é o mesmo que cortar um buxo à nossa vontade!!! É combinar as cores, as flores que florescem na mesma época e por aí fora...


Eu achei esta árvore fantástica. Reparem como o ramo foi descendo até ao chão e continuou a crescer até à água (foto a seguir). E o pormenor do toco usado para segurar o ramo (foto com a outra perspectiva da mesma àrvore)?!?






Eu tive pena deste bicho... no início pensava que era uma estátua, de tão estática que estava a lama. Mas depois percebi que ela só estava a tentar passar despercebida, tão enevrgonhada que estava com o corte de cabelo. :D:D

Imaginem-se numa tarde calor forte. Agora imaginem que se sentam debaixo destes plátanos a apreciar a vista. Agradável, não?

Vais jantar à Alemanha???

Foi a pergunta que uma ex-colega de trabalho fez quando, no Sádado à tarde, comentei que ia jantar à Alemanha com uma outra ex-colega de trabalho nossa. Pois... eu ligo tanto a futebol e tenho tanta vontade que os portugueses ganhem que, quando me convidaram para irmos jantar à Alemanha, eu disse logo que sim. Além de ser um programa diferente, íamos jantar a um sítio lindooooooo! Lá me lembrei eu do futebol!!!

Insel Mainau (ilha Mainau) é o nome oficial mas também é conhecida como ilha das flores ou paraíso no lago de Constância... chamem-lhe o que quiserem... aquilo é lindo!

A ilha foi comprada e transformada em retiro de Verão pelo conde Frederick I de Baden. Como ele não tinha filhos, a ilha acabou por ficar para a irmã que era casada com um nobre qualquer sueco. Andaram de herdeiros para herdeiros que acabaram por criar uma fundação que é gerida pelos suecos. Na realdiade fiquei sem perceber se a ilha é alemã ou sueca!! Quando lá chegámos, o L. explicou que os suecos não queriam saber da bola e estavam de visita à ilha pois a bandeira estava asteada. Assim... é complicado saber exactamente a quem pertence a terra propriamente dita...

Mas passando ao que interessa. Aquilo é trabalhado com cuidado, tem canteiros e canteiros de milhentas flores, árvores assombrosas. Podemos dar de comer a cabras anãs ou ver esculturas de patos e pavões. O tempo não ajudou muito (por estas bandas - a ilha não fica longe da minha cidade - parece que estamos em pleno Outono!!!!!), mas mesmo assim... deu para encher o olho e recordar coisas vistas há muitos anos!!!

Se quiserem ver fontes de mais coisas e com mais cor (fomos ao fim do dia e, pior!!, era um dia muito nublado) podem passar por aqui.

Duas perspectivas do mesmo sítio.
Uma foto do jardim em preparação (daqui a uns tempos, aquela "onda" castanha estará em flor).
Uma das muitas fotos existentes na ilha (a L., uma menina de 2 anos, foi a que mais se deliciou com as fontes e com o pai a dar-lhe corda para ela ir molhar toda a gente... :D).
Uma vista do lago e uma das muitas alamedas existentes por lá.






sexta-feira, 8 de junho de 2012

E ainda fazem trocadilhos com o texto de Alexandre Dumas...

Eu sempre disse que por aqui se vive o mundo do Big Brother, do Orwell. Digo isto porque há muita vigilância e é muito fácil cruzar dados e descobrir coisas como bicicletas roubadas na Suíça e levadas para os países de Leste!
Mas também me parece que se vive o mundo orwelliano em Portugal. Mas é diferente, é o das mensagens subliminares e dos ditos por não ditos. Uma vez o M. disse que isso não podia ser, que era demasiado... Orwell! Eu só tenho pena de ele não entender português. Porque se ele entendesse eu ia ter com ele e mostrava-lhe este vídeo, para ele me dizer o que achava da coisa.

 

Há uma mensagem ofensiva, repulsiva enfiada subliminarmente sob a capa do futebol? Ou é só da minha cabeça?? Desde quando é que o futebol vai recuperar a nossa imagem no estrangeiro??? Os portuguesinhos acreditam mesmo nisso???
Digo-vos uma coisa, sempre que alguém me pergunta se sou de Portugal remata com a crise financeira e não com o Ronaldo, que até já veio a Zurique buscar um prémio importante de futebol. Desejo profundamente que comecem a perder amanhã. Já que a Suíça não participa no Europeu, acho que vou mesmo torcer aqui pelo Bayern, perdão, pela Alemanha.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

é de amolecer qualquer um...

Hoje apareceram-me duas miúdas minúsculas na loja que me derreteram por completo.

Uma já conheço bem. Quer dizer... sei identificá-la no meio de muitas. Ela é tão tímida, tão tímida, mas tão tímida que só comunica comigo com acenos de cabeça. Ela costuma levar a lista das compras e dar-ma. Eu lá junto os artigos e quando tenho dúvidas na escolha (por exemplo entre leite gordo e magro) pergunto e ela abana a cabeça ou aponta. Hoje, talvez por estar com a amiguinha dela (que eu não conhecia), fartou-se de falar. Estava a fazer as compras todas mal, mas pelo menos falou!!!

No entanto, o que me enterneceu não foi isso. Foi o facto de elas me terem dado esta prenda. Sim, são três bocados de linha de cores diferentes. Não, não têm qualquer valor monetário. Mas para as miúdas... é uma questão de serem as cores delas (elas estavam muito cor-de-rosa [nada da Kitty!!], é uma questão de serem materiais com os quais elas andam a construir pompons... e é a questão básica de se terem lembrado de levarem uma coisa [ainda que sejam só linhas] para a vendedora...

Deu-me uma vontade de sair de detrás do balcão e enchê-las de beijocas... (mas isso ia assustá-las, pois não é hábito por cá, estranhos andarem a beijocar crianças!!).

Agora vou dormir. Creio que vou dormir mais descansada por saber que ainda há inocência no Mundo!





Eu gosto de vozes...

Eu costumo gostar de ouvir o Dr. Quintino Aires a abordar certos temas. Muitas vezes não é pelo que diz, mas sim pelo facto de falar abertamente, de forma clara e sem tabus. Hoje, na hora de almoço, apanhei-o no fim da sua intervenção televisiva. Falava-se sobre trabalhos de casa para os alunos. Ele é defensor da abolição dos ditos. Pois os meninos não têm tempo para brincar. Eu nem vou comentar isto, porque falta de tempo é que eles não têm. Salto logo para afirmações categóricas que ele fez e que são completa mentira.

O Manuel Luís Goucha leu um comentário de uma professora que diz que dá trabalhos de casa pois só está uma vez por semana com os seus alunos e considera que eles esquecem tudo o que lhes é ensinado se não tiverem qualquer coisa que lhes avive a memória durante a semana. Ele disse que só esquece quem não sabe e que, se um aluno não sabe, quer dizer que foi mal ensinado na sala de aula. O senhor foi altamente arrogante. Gostaria de saber quanta informação esqueceu ele ao longo da sua vida escolar e académica, mesmo com trabalhos de casa...

Depois disse que no resto da Europa não há trabalhos de casa. Decididamente ele nunca foi a Badajoz comprar caramelos. Pois só uma pessoa que nunca saiu de Portugal é que pode fazer uma afirmação tão pateta. Por aqui, ainda que menos, os miúdos têm trabalhos de casa. E conheço gente de todo os quadrantes, que frequenta escolas públicas e escolas privadas, uns mais novos e outros mais velhos. Todos, mas todos mesmo, tiveram/têm em algum momento do ano lectivo trabalhos de casa.

Com isto tudo, fui ler o Facebook do Goucha para perceber qual a opinião dos portugueses (pelo menos de alguns). Pronto... dá para os dois lados. Pró e contra. Cá, lá e pelo caminho...

Num comentário li que uma má aluna se tornou aluna de altas notas ao ir para um país sem trabalhos de casa (no dizer dela, pois outras pessoas apareceram a dizer que nesse país até há muitos TPCs). E eu lembrei-me de uma afirmação semelhante de uma mulher da minha terra. Só que, tal como o senhor Quintino Aires precisa de saber mais do que se passa fora do país, outras pessoas têm que saber contar melhor o que se passa nos países de acolhimento.

Ora bem... Um miúdo que era considerado burro que nem uma porta no sistema português veio para a Suíça e começou a ter boas notas. À mãe ninguém lhe tirava a arrogância, o meu filho em Portugal só tinha negativas, aqui só tem seis (é a nota máxima na escala de valores escolares suíça). Mas afinal... o miúdo era dos melhores nas escolas dos „burros“. Aqui dividem-se os alunos por diferentes tipos de ensino e quem não tem capacidades vai para a escola de nível mais baixo. No fim do equivalente ao secundário, todos têm praticamente o mesmo número de anos, todos têm a esocla básica feita, todos (excepto os que saem de um tipo de escola que é para quem vai para a faculdade) têm uma profissão e todos podem ter nota máxima. No entanto, as diferenças podem ser abismais...

À partida, para a escola de nível intelectual mais elevado só vai quem é inteligente e/ou marrou muito para ter boas notas. Quem é mais lento ou baldas (isto tem muuuuuuito peso por aqui, só se pode faltar duas vezes no ano sem justificação muito elaborada e quem faltar mais tem relatório e uma coima para pagar) não sobe muito na vida escolar. Assim, essa diferença de intelecto e comportamento vai-se repercutir nos currículos.
Os inteligentes têm currículos mais ricos e elaborados, mais difíceis, por assim dizer, e os "burros" têm currículos básicos, mais fáceis... Deste modo é claro que os seis podem existir nas cadernetas de alunos que tinham más notas em Portugal. Mas primeiro é preciso saber em que escola andam (nota informativa, a minha mãe trabalha para muitas rofessoras e todas dizem que sempre tiveram mais problemas com os alunos portugueses! Claro que também conheço excepções: um que conseguiu ser médico por cá e outro que está a caminho. E para a faculdade só vai a crème de la crème!!!)

Eu sou completamente a favor do Tempo perdido em Casa (era como nós chamávamos aos trabalhos). Não de forma exagerada, como o caso da minha professora de alemão em Portugal que fez com que eu anulasse a disciplina do secundário e me fez perder um conhecimento que afinal se veio a mostrar tão necessário (ela era capaz de mandar 6 páginas de trabalhos numa Terça às 4h da tarde para uma Quarta às 9h da manhã. Nem dava tempo para fazer os trabalhos na hora de almoço. Isto sem falar em actividades que ela nos impingia, como fazer coroas de Natal e chocolate quente com chantily para a escola toda ah! claro... nós é que pagávamos os materiais para a publicidade à Alemanha na escola!!)!!!!
Parece-me que o senhor Quintinho Aires deveria dar mais voltas pelo terreno em vez de dar palpites como um treinador de sofá dá num jogo da selecção nacional.

Das pessoas que comentaram comentaram, umas houve que se destacaram com pequenos nadas que provam que os trabalhos de casa são fundamentais e que o que faltou a alguns foi... isso mesmo... trabalhos para consolidar conhecimentos...

Estou no 11ºano e desde o 1ºano que sou subcarregada com trabalhos de casa, o que sempre me impediu de ter tempo para me distrair. Até trabalhos de férias são atribuídos às crianças, quando estas devem de ter um período de descanso...afinal se trabalharam tanto durante o ano, é a altura de fazerem uma pausa.

eu trabalho num Infantário e que tmb tem ATL e acreditem que ainda na semana passada os meninos tiveram as prova de frição e no dia a seguir a prova tiveram 2 paginas A4 cheias de TPC, os professores que me desculpem mas n é justo Excesso de trabalhos não concordo, mas alguns acho bem pois servem para solidificar aquilo que se aprendeu na sala se aula

O título é parte de um comentário que elogiava os apresentadores do programa. Conseguem perceber a essência da mensagem?? Conseguem mesmo?!? Sinceramente... eu acho que não!!!

segunda-feira, 4 de junho de 2012

E riem-se como doidos...

Há dias comentei com a minha patroa e uma colega de trabalho que mantinha um blog. Disse-lhes que gostava de escrever, que era coisa que me mantinha minimamente sã, além de ser um elo de ligação com terras lusas.
Falei-lhes dos temas sobre os quais escrevo aqui e disse-lhes como resolvi baptizar este canto. Claro que acrescentei logo que não era com intenção de ofender ninguém. Elas adoraram o facto de eu escrever sobre o país delas e de eu ter um blog com este nome...

Mas a patroa gostou tanto que ainda hoje apareceu na loja a sorrir-se toda e a dizer wirklich lustig... im Kuheland... (mesmo engraçado...na terra das vacas...).

É agradável, mas começo a achar que estou a trabalhar para tontinhos... (ela não lê isto, mas quero desde já esclarecer que tontinhos é dito com muuuuuito carinho!!!). :D

Duas piadas pelo preço de uma

Uma cliente da loja apareceu por lá para comprar pão e ovos. Na brincadeira começou a dizer em espanhol o que estava a comprar. Eu sorri, mas disse-lhe que não era a minha língua mãe. Ah pois é... espanhol não é o mesmo que português. Desculpa!!

Disse que não tinha mal. Mas que dizer cojones tinha muito de mau por trás. Sim... a mulher muito contente da vida estava a dizer que tinha pan y cojones.

Cá para mim alguém lhe traduziu a expressão Weicheier para o espanhol, sem explicar a diferença entre huevos e cojones e ela deve ter ficado a pensar que Eier era sempre cojones...

Passo em explicar: Weicheier, à letra, quer dizer ovos moles/suaves; mas o sentido da expressão é sin cojones (em espanhol parece menos ofensivo para o blog!). Por isso é que eu deduzo que a mulher tenha feito uma figura triste sem qualquer maldade!

Agora tenho é que falar com ela em espanhol (nem que seja só cumprimentá-la) para ela não ficar a pensar que eu me ofendi com as aventuras linguísticas dela!!!

Realmente... isto das línguas é coisa tramada!!!! :D:D

domingo, 3 de junho de 2012

É cá uma piada!!!

E falando em piadas muito hilariantes que afinal até nem têm assim tanta piada....

É muito comum os miúdos aparecerem para comprar doces e faltar-lhes algum dinheiro. Também é comum não saberem fazer contas e darem-me o triplo do dinheiro que precisam para pagar. Se eu não fosse honesta já tinha metido ao bolso o equivalente a uns 10 ou 20 euros...

Por razões óbvias, aos miúdos não se dá nada fiado,. Assim, ou eles desistem do artigo ou vão buscar o que falta. Há umas semanas apareceu um miúdo que precisava de 5 Rappen (o que seria algo como 3 cêntimos). No desespero ele pergunta-me: não me pode dar os 5 Rappen. Como eu lhe respondesse que não (eu nem me importava, porque até acho o miúdo um fofo, mas se o fizesse... ia ter a canalhada toda atrás de mim) ele pergunta muito indignado e porque não? E sai-me uma coisa simples: eu não sou o banco.

O que fui eu dizer?!?!? O miúdo lá foi cabisbaixo pelo facto de não poder comprar a guloseima que queria. Mas uma senhora que esperava para ser atendida.... desata a rir e a dizer ah tem piada... não sou oo banco ah ah ah o banco.

E pronto... uma pessoa tem estas tiradas simples que são para esquecer daí a segundos como as mensagens que o/a M. envia ao 007....

e esta gente imortaliza-as como se fosse o sxarããã do Nuno Lopes ou, ainda mais recente, vai mas é trabalhar oh...

Doidos!!

Cool????

De vez em quando, se me pedem para fazer um favor ou para realizar algum trabalho ou algo do género, antes de o fazer, eu respondo com um redondo Não [e de pois sigo à minha vida]. Ontem foi um desses dias.
A minha patroa chegou à loja e disse vou deixar as flores aqui [balcão] em cima  durante um bocadinho. Aqui a maluqinha de serviço responde-lhe Nein!.
Ela demorou dois ou três segundos a perceber e foi fazer o que tinha a fazer a rir-se, dizendo du bist cool [tu és cool]. Não satisfeita com isso, foi ter com a minha outra colega de trabalho e contou-lhe a piada do século!!!

Na estufa eu também fazia isso e quase toda a gente pensava que eu me estava a recusar a trabalhar. Uns mais, outros menos, mas demoraram algum tempo a perceber a coisa. Com excepção do M., mas eu acho que é por ele ser não-alemão que as coisas entram mais rapidaemente no cérebro dele...

Juro que não entendo... o M. ouviu a primeira vez essa resposta, olhou para mim, riu-se e foi à sua vida. Tudo o resto... ou não percebe a piada ou acha que é a coisa mais engraçada dos últimos 10 anos...

É que a coisa não tem assim tanta graça e seria muito parvo da minha parte se eu realmente me estivesse a recusar a trabalhar, não?!?

Eu sei que eu não sou muito normal, mas... esta gente também não o é, pois não?!?!