sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

B.D.

O Gaston faz 57 anos! E isso é assinalado no .ch, não sei bem porquê. No .fr tem toda a lógica, no .ch... só se for causa da Romandia.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A barraca

Bolas!! Eu pareço o centro de emprego ou um tribunal qualquer... os papéis acumulam-se à minha volta!!! E mesmo tentando deitar muita coisa fora, acabo por me aperceber que é quase tudo importante... as contas, as declarações de IRS, as garantias de aparelhos eléctricos, os contratos, as folhas de pagamento, as guias de entrega da medicação... pastas e mais pastinhas... mas como vou amontoando... de vez em quando tenho que me agarrar ao verbo e fazer a triagem e meter tudo no sítio!

Hoje, em mais uma dessas triagens, encontrei outra foto feita pela minha mãe, com certeza no mesmo dia em que fez a que publiquei ontem. Este edifício fica mesmo em frente ao armazém grande. É onde os artistas se juntam (e até devem guardar os materiais lá dentro) e também esta "barraca" (pelo menos em madeira é) vai levando umas tintas por cima de tempos a tempos.



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

StreetArt

Esta foto tem, com toda a certeza, mais de cinco anos. A minha mãe tirou a foto com uma máquina analógica num tempo em que a incineradora da cidade tinha umas dimensões mais reduzidas.  Hoje em dia, este parque de estacionamento desapareceu para fazer parte da zona de entradas e saídas de camiões.
A linha de comboio (não se vê o chão, mas está lá o sinal de trânsito que confirma a existência de uma linha de comboios) ainda se mantém em pleno funcionamento. Vagões-contentores entram e saem da incineradora todos os dias.
A Briner, uma empresa que prepara ferro para as construção civil, ainda está no activo. Já lá andei a limpar e percebi que eles amarram ferro que mais tarde vai ser colocado em escadas, placas, paredes de betão armado. Como trabalham com ferro, o espaço estava permanentemente imundo, mas não me meteu nojo, se os homens tinham as mãos sujas de ferrugem era normal que sujassem os lavatórios. Também descobri por lá que os comandos de uma grua mandam um calor insuportável e são pesados para burro. Percebi com isso que um gruista sofre bastante mais do que com o stress da precisão do seu trabalho (eu admiro gente que trabalha com gruas, empilhadoras e coisas que exigem mais atenção do que se pensa).

Uma outra diferença em relação ao antes desta foto e ao depois dos dias de hoje é o grafiti. Aquela parede é pintada por artistas há... anos... É um mural enorme que a cada ano (pelo menos uma vez) é renovado. Já lá vi umas coisas bem interessantes. Outras nem por isso. Mas começando do começo e, como já disse noutro post, correndo o risco de me repetir, vou colocando aqui os grafitis daquela parede.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Aathal e e tal... :)

Para não duvidarem da minha palavra em relação ao tempo, mostro mais umas fotos interessantes da área circundante e aproveito para mostrar o que foi deixado para trás de uma linha de caminhos de ferro (e segundo uma placa que por lá estava há outro pontos de interesse dobre caminhos de ferro nas redondezas - para uma próxima, talvez).

O Föhn pode ser um secador do cabelo, mas é também um fenómeno meteorológico que em português dá pelo nome interessante de vento anabático. O Föhn não nos seca o cabelo, mas faz subir as temperaturas e permite a ilusão óptica da proximidade das montanhas. Parece que estão aí ao lado, mas... não, não estão! O tempo estava tão bom que eu vi pelo menos quatro balões de ar quente no ar!


Uma outra perspectiva do Pfäffikersee.
 Para se ir a pé da estação de comboios de Aathal para Seegräben (onde está a quinta) é preciso usar uma passagem subterrânea, pois por cima há uma estrada nacional deveras movimentada. Além de se passar em segurança, temos esta cor toda...
Aathal era uma zona de fábricas de fiação de algodão que era movidas a água. Um restaurante todo chique abriu há pouco tempo aproveitando o edifício e usando o nome de Neue Spinnerei (nova fiação) Também há por lá um moinho de 1219, ou seja, anterior à fundação da Confederação Helvética.

E esta é a antiga estação de comboios de Aathal.Pelo menos uma parte é usada por um veterinário. E a casinhota é onde estão os manípulos para trocar as agulhas das linhas. É ou não é interessante?!?!
 
E ainda dando destaque a Aathal, que pertence à freguesia de Seegräben, podemos encontrar por lá um museu de dinossauros. Fui lá há muitos anos, mas hoje reparei que acho que tenho que lá voltar em breve, pois parece ter mais atracções. E é isto uma terra de cerca de 200 habitantes!!! (segundo a Wikipédia, que eu cá não acredito que seja tanta gente!!)
 

Post eclético

E vi mais umas coisas que se podem referir num post só.
Há animais novos na quinta, como por exemplo a galinha e as suas irmãs.
Além do castelo de palha que costuma estar lá, havia um outro canto dedicado às brincadeiras dos mais novos. Eu não percebo como foi feito aquele fardo que o miúdo puxa. Ou ele tem super poderes ou a minha ideia do peso de um fardo de palha é bem diferente...
E como seria de esperar havia arranjos aqui e ali sempre com a  palha como motivo principal. Só não entendi muito bem o que estava a pedra de amolar a fazer no meio do pátio...



 
 
 
 
 Eu achei este lounge bem catita...

Estava a igreja toda iluminada...

Mas o que me surpreendeu MESMO foi a igreja de palha. Olhei por fora e perguntei-me se seria uma igreja. Começo a olhar para os "vitrais" nas janelas e surge-me nova pergunta: será que se pode entrar? Podia! E era isto o que se via...


 
 
 
Oh pá!! E que hei-de eu dizer mais sobre isto?!?!

Come palha!!

Este Inverno na Suíça está a ser ultra-anormal. Não há neve, as temperaturas são bastante boas, chove, mas nada que se compare a Portugal. Resumidamente, é um Inverno que me está a deixar preocupada com o Verão...
No entanto, eu não posso ficar em casa a pensar se o verão vai ser extremamente seco ou muito molhado. Tenho que aproveitar o facto de não chover para andar no passeio. Hoje éramos quatro à solta e fomos ver se matávamos a fome ao festival da palha.
Por acaso, os suíços ainda não inventaram um bolo de palha (por isso nos ficámos no Apfelstrudel), mas consolámo-nos a ver as construções feitas de palha, na quinta aonde eu costumo ir ver a exposição das abóboras.
Faltavam duas esculturas, não sei se se estragaram ou se foram levadas para outros sítios, mas mesmo assim... voltei a sair surpreendia daquela quinta!

Como o tema era Bauernhof (Quinta), não podia faltar o belo do espantalho. Este estava colocado no sítio onde em Novembro eu vi a Galinha que anunciava o festival da palha. Mas também havia o tractor, o vitelo, a cabra (o outro corno estava meio descaído, por isso não se vê) e o cabrito (era da minha altura!) e o carro das abóboras. :)






quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Expressionista

Nascida em Berlim, falecida em Murnau am Staffelsee, Garmisch-Partenkirchen, Baviera, parece que fez trabalho em Munique, foi amiga de Kandinsky e salvou muitos quadros deste e outros pintores pertencentes ao movimento Blaue Reiter.
E fica aqui resumido (mais do que resumido!) o perfil de Gabriele Münter, cujo aniversário se assinala hoje no .ch e no .de desta forma.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Boa noite!

No aeroporto de Lisboa vi uns cadernos interessantes. Eram uns livros de listas. Havia para viagem, o que fiz, o que comi, onde fui, o que experimentei... Mas também havia para o dia a dia. Filmes favoritos, músicas favoritas, coisas maldosas que fiz na infância... e por aí além.
Depois de ver isso tenho pensado que há muito que uma lista paira na minha cabeça: a lista das coisas más que me acontecem na vida.
Eu dar um exemplo só: a esclerose múltipla. Veio há um ano e tal. Como se não chegasse continua a proliferar pelo meu cérebro de já natureza tontinho e agora obriga-me a tomar uma decisão complicada (ainda ando em estudos). Ou seja... ainda mal me levantei de uma queda, já estou com os dentes outra vez no pó por causa da mesma coisa.
Mas como se passa com esclerose passa-se com muitas outras áreas que não vou mencionar aqui por dois motivos, não quero chatear ninguém com enumerações e há outros temas que nunca serão debatidos por mim na internet.
Então... sempre que eu revejo essa lista mentalmente (eu juro que não faço de propósito, a coisa acontece simplesmente) vem-me uma única pergunta à cabeça: Como é que ainda não te atiraste da ponte?!?

Não, não estou suicida! Mas a pergunta é muito válida. Se é um azar atrás do outro... como é que eu consigo levantar-me da cama no dia seguinte?!?! Não percebo de onde me vem esta força. No entanto, hoje sinto-me positiva e agradecida por esta força (não, não aconteceu nada de especial). Cheia de energia positiva que quero de alguma forma partilhar. Para a semana já poderei estar outra vez pessimista, mas até lá o pensamento que quero partilhar é só um: mesmo sendo noutras latitudes, longe dos meus "óios", o Sol, neste preciso, momento está a brilhar.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

E sai-me um Fagin

Isto de se andar à procura de trabalho tem muito que se lhe diga. Muuuuito mais do que se possa pensar!
A proposta era interessante: das 12 às 17 horas, num pequeno café, numa estação de comboios de Zurique. Candidatura feita pessoalmente, in locu, entre as 10 e as 14 horas. Lá vou eu toda pimpona com o currículo, a cópia das cartas de referência, pronta elogiar-me até mais não (quando é preciso eu até meto nojo a gabar as minhas qualidades!).
O homem mal olha para o currículo, não olha para as cartas e diz-me para fazer o dia de prova naquele momento, que há mais uma candidata e podemos fazer as duas e por aí fora.
A mulher chega, apresentamo-nos. Ele mostra-nos uma lista com preços escrita por uma galinha numa língua indecifrável (senwich, sabem o que é?!?! é isso mesmo... uma sandes!) e raspa-se dali para fora. Deixa-nos ali ao abandono e vai à sua vida. Maravilha!!
Em três horas vendemos 5 cafés, dois croissants, um bretzel e um hot dog (e eu sujei-me de mostarda!). Um frio de rachar. Eu, calorenta nata, estava com a boina enfiada até aos olhos e puxava as mangas do casaco para cima das mãos.
Depois de ele ter dado umas quinhentas voltas ao bilhar grande, o homem resolveu-se a aparecer e a perguntar como ia a coisa. O trabalho não era difícil, é certo. Mas quando eu comecei a fazer perguntas sobre as condições de trabalho a coisa começou a cheirar muito mal.
Primeiro o anúncio era das 12h às 17h. Mas entretanto já era das 11h para a frente e podia-se fazer 2 pessoas das 7h às 9h. Seria um trabalho a 50%. Eu disse-lhe que a mim não compensava ir para Zurique Para começar às 7h fazer pausa às 9h e recomeçar às 11h. Mais, 25 horas por semana não é 50%, é mais. Porque aqui há semanas de 40 a 43 (talvez 45 horas), mas nunca de 50 horas. E pela conversa a coisa nunca seria só 25 horas, embora se fosse ganhar ao mês e não à hora, ou seja, era sempre o mesmo dinheiro para um número indefinido de horas.
Mas a coisa começou a ficar meeeesmo interessante quando se falou em honorários. O valor que ele me dava era para o mês, eu saquei do telemóvel para fazer contas e só não me ri porque era trágico demais! Ele oferecia-me 17 francos à hora. Ainda que fossem 17 francos limpos, significava que iria ganhar menos do que se andasse a trabalhar numa firma de limpeza. Era ganhar menos do que ganhei a limpar latrinas em 2008 quando cheguei cá!!!

Eh pá!! Eu preciso de um trabalho, sim. Mas vamos lá com calma. Se era para escravatura tinha ficado no supermercado. O ordenado era mesmo bom para supermercado, não gastava dinheiro no bilhete de comboio (ir até Zurique são 12.40 francos, ida e volta!), fazia desporto com a minha trotinete (tenho uma mais moderna e prática :D ) no caminho para o trabalho e não passava frio.

No fim de analisar bem as coisas, lamentei o facto de ser tão mau (eu gostava do horário que estava no anúncio, permitia-me estudar ou arranjar outro trabalho de manhã) e disse-lho educadamente. Não é que aquele merry old gentleman (juro que lembrava o malvado de Oliver Twist, só que este era turco) amuou comigo e só faltou bater-me quando me mandou embora?!?!

O que salvou o dia foi o fim de tarde. Como estava perto, fui até à beira do lago apreciar o Sol. E pensar que amanhã será outro dia. :)




terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A paixão do nosso diário


No meu tempo, um diário era com folhas coloridas, de preferência com cheiro. Tinham um cadeado que não guardavam nada, porque as chave era um bocado de ferro. Os diários escondiam-se debaixo da almofada, no fundo da gaveta do fundo da mesa de cabeceira e, no medo de o irmão mais novo descobrir o diário, chegava-se  a levar o diário na mochila para a escola.

Hoje em dia, os adolescentes consideram o pintinhos e os livros das caras como os seus diários.
ME-DO!